1. |
Introdução
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2. |
Psicopata Fardado
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Espreitando os outros
Uma forma de estudar sua próxima vítima
O escolhido para a submissão
Piedade não mais existirá
Olhos irão lacrimejar
Lá vem o spray de pimenta
Lá vem a bala de borracha
Lá vem o chumbo
Cacetete em cima deles
O psicopata fardado entrará em ação
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3. |
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Fome, ignorância, peste, demência
Pedras que fazem o poder crescer
Sem problemas não há como prometer soluções
Os fracos permanecerão fracos
Para receber dos poderosos
Receber o afago
Afogado no próprio sangue
Bebendo o próprio vômito
Comendo a própria merda
Tudo para sobreviver
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4. |
Justiça Executada
02:22
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Em praça pública, a justiça foi executada
Acabaram de linchar uma suspeita por bruxaria
Filmaram, fotografaram
Arrancaram sua cabeça
A estenderam como troféu
Pais de família executaram a justiça
Pessoas que defendem os bons costumes
Pessoas que lutam em defesa da família
Na igreja, seus rostos podiam ser vistos
No fundo, não mataram pela justiça
Mataram pela fome de carne
Pelo prazer pelo sangue
Pela medíocre natureza humana
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5. |
Povo Mascarado
02:14
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Um povo muito consciente foi às ruas
Lutou pelos seus direitos com força
Era um povo mascarado, armado
Na luta contra a tirania
Palavras eram fortes
Um nacionalismo repentino nasceu
Só que mais tarde
O nacionalismo mostrou-se volátil
O povo lutou pelos seus direitos
Apanhou de psicopatas
Passado algum tempo
Revelou não ter mais lembranças de todo o sangue
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6. |
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Ei, você, que diz defender os valores da família
Gostaria de receber uma clara definição
Você que passa conceitos racistas ao seu filho
Você que passa a vida discursando ódio
Não passa de um falso verme que contamina a sociedade
Quer impor sua religião
Confunde live arbítrio com palavras repetidas
Acha que conhece princípios
Mas a única coisa que faz é repetir como um cão
Nunca conseguirá esclarecer
Está cego o suficiente para não perceber o próprio abismo
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7. |
Tortura no Pau de Arara
01:26
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Torturador militar
Exerce sua psicopatia pela justiça
Ninguém se atreve a contrariar
Coronéis, políticos
Poderosos montados na ignorância
Tudo justificado pela ganância
Justiça confunde-se com punição
Características de um país falido
Ele irá arrancar suas unhas
Lhe submeterá ao pau de arara
Irá dar choques em seu pênis
Seus pulmões estarão à procura de ar
Mas somente água encontrarão
Não adianta gritar e chorar
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8. |
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Bomba relógio humana
Basta pressionar só um pouco
Todos que estiverem à sua volta
Descobrirão uma grande desgraça
Seu rosto transmite paz
Sua voz é cheia de agrados
Nem mesmo ele conhece
A facilidade que possui para matar
Um animal selvagem domesticado
Fruto de uma selva de pedras
Seu paletó é sua máscara
É melhor deixá-la onde está
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9. |
Em Cada um de Meus Olhos
02:06
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Olhe em meu rosto
Diga-me o que vê
Tenho quase certeza
Deverá encontrar o nada
O vazio
Em cada um de meus olhos
Um buraco
Em cada buraco
Um verme cochila
Nasci destinado a isso
Olhando para o chão
Já com a certeza
A certeza de que um dia
Um dia iria para lá
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10. |
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Lembranças que cortam como navalhas
A imagem de seu pai bebendo cachaça
Uma forma de arrancar o seco assombroso
Definhando lentamente
Matando para sobreviver
Morrendo para alimentar
O gado já não rende mais
Os ossos apontam para o fim
Sem futuro
Somente passado
Um passado infernal
Um presente torturante
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11. |
Cenário de Carnificina
01:48
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Sangue nas mãos
Cabelos
Um cenário de carnificina
Corpo no chão
Imóvel
A cabeça não consigo encontrar
Desconheço este lugar
Desconheço o que fiz
Oh, Deus, não!
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12. |
Finitude
02:17
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